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sábado, 30 de abril de 2016


Podemos traduzir esta receita com "Panquecas com presunto e mussarela". A diferencia com o modo de fazer do Brasil é que na Itália não se usa molho de tomate mas molho bechamel.

Ingredientes para as paquecas:
2 ovos
130 gr de farinha de trigo
350 ml de leite
20 gr de maintega
sal

Ingredientes para o molho bechamel:
40 gr de farinha de trigo
40 gr de maintega
1/2 l de leite
noz moscada
sal

Além disso presunto e mussarela fatiada.


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domingo, 17 de abril de 2016



Vamos fazer juntos um bom risoto, como sempre porém usando ingredientes que se acham facilmente aqui no Brasil. Espero que gostam!

Ingredientes para duas pessoas:

  • 160 gr. de arroz Carnaroli
  • 2 abobrinhas italianas
  • 1 cebola pequena
  • 1 pedaço de bacon
  • 100 gr de maintega sem sal
  • 50 gr de parmesão ralado
  • 1 l de caldo
  • Sal a gosto

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terça-feira, 29 de março de 2016


Eu sei, este blog deveria ser só de sobremesas, mas também sei que muita gente tem interesse na cozinha italiana. Por isso as vezes gosto de postar receitas ou argumentos sobre a comida da minha terra natal. Espero que gostam!


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terça-feira, 22 de março de 2016



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Falar de Pizza na Itália é um desafio gigantesco. Isso porque o país é conhecido como o inventor desta delícia que alegra nossas noites preguiçosas de sexta, sábado ou  domingo. Ok, há quem viva de pizza todas as noites, mas sabemos que o costume do brasileiro deixa a pizza para o final de semana. E não precisa ser estatístico pra saber, basta uma voltinha pelas pizzarias da sua cidade para constatar isso.

Eu arriscaria a dizer que os brasileiros são tão fanáticos por pizza quanto os italianos, porém com uma diferença: brasileiro ama pizza brasileira. Põe um brasileiro pra falar de pizza na Itália pra você ver o que acontece: [aff, a pizza é murcha, é muito fina, tem muito tomate, não tem tomate, é sem gosto, é forte... ]
Já ouvi tantos [não gostei, prefiro a pizza no Brasil] que  resolvi fazer este post sobre a PIZZA na ITÁLIA!

Nunca comi pizza...
Para apreciar a pizza na Itália você deve esquecer que conhece pizza. Sabendo que esta é uma situação quase impossível,  finja que você nunca comeu pizza antes e que não tem idéia do que se trata uma pizza margherita.  Vai, entra no clima. Esqueceu o que é pizza? Ótimo, vou te explicar!

Números da Pizza
A pizza veio da China. Mas eu ouvi uma frase que resume tudo: "Pode até ter nascido na China. Mas foram os Italianos que a deixaram gostosa". Fato. A pizza ficou famosa na Itália e girou o mundo desde então. Há controvérsias sobre a origem da pizza como conhecemos hoje.  Há quem diga que a pizza só virou pizza ao redor de 1600, outros dizem que foi nos anos 1800. Como este não é um post histórico, digo só uma coisa: há tempos os italianos sabem como preparar sua pizza. A profissão pizzaiolo é mega disputada na Itália, há pizzarias em cada esquina do país e cada italiano come em média 7,6 kg de pizza por ano, ou seja, 38 pizzas inteiras! Eles devem saber como fazer uma pizza, né...

Como é a pizza na Itália?
Quase todas as pizzas são preparadas com uma mistura de farinha de trigo, água, sal e fermento biológico natural. E a farinha pode ser a do tipo 0 ou do tipo 00. [Eu nem sabia que isso existia, mas descobri que a farinha 00 é mais refinada, mais leve, enquanto a 0 é uma farinha um pouco mais densa.]

Ok, qual a diferença?
O tipo de farinha influencia na leveza e no sabor da massa.
Eu, depois de um ano de "pesquisa de mercado" (aham), posso dizer que prefiro a farinha 00! Ela deixa a massa mais adocicada e cheirosa na minha opinião. Mas cada pizzaiolo tem a sua técnica para fazer a melhor pizza e isso divide as opiniões em toda a Itália. Afinal, esta não é bem uma ciência exata, né?

Bom, quando pronta, eles abrem e deixam a massa super fininha, para que ela seja assada em forno à lenha. A pizza ficará com uma borda um pouco mais crocante, enquanto o centro vai misturar com o recheio e ficar mais molinho. NHAM!

Para montar o recheio, o tomate é a base de tudo.
Gente, eles amam tomate, sem exageros. O "pomodoro" é talvez o item mais importante da pizza, e existe um monte de técnica e critério para escolher o tomate certo. O molho de tomate é caseiro também, condimentado com alho e orégano, tudo natural. Eles dizem que quanto mais fresco, melhor o sabor da pizza. De acordo! E claro, depois vem o queijo!!! Hmmmmm!

Agora começa a parte mais interessante, olha isso!

No Brasil estamos acostumados a comer pizza com queijo mussarela, certo? Na Itália também, só que a mussarela deles é outro queijo! Mussarela é o que a gente chama de "mussarela de búfala". E eles fazem essa mussarela com leite de búfala, vaca, cabra...  E ela vai na pizza, assim como outros queijos tipo "fondente".

Já a nossa mussarela não existe na Itália...  Aquele queijo amarelado é uma produção brasileira, o que na minha opinião deveria ter outro nome, pra não causar confusão e valorizar o produto nacional, mas quem sou eu pra mudar o nome do queijo...

Bom em qualquer caso, a mussarela italiana é uma delícia! [Sério! Experimente também pedir uma Salada Caprese na Itália, é esse queijo mussarela (que parece búfala mas é de vaca), tomate cru, azeite de oliva, sal e orégano. É DI-VI-NO]

Dicas de pizza na Itália
Depois vem os demais condimentos que eu adoro experimentar. A minha dica é a pizza 4 stagioni: alcachofra, funghi, azeitona e presunto. Cada um dos recheios vai em um quadrante diferente da pizza, eu adoro, é a minha preferida.

Ah, você é do time que só serve pizza calabresa? Não, ela não existe na Itália. Se quiser algo parecido, peça a pizza de "salami", que será aquela pizza conhecida no Brasil como "peperoni". E saiba que se você pedir uma pizza peperoni na Itália, receberá uma pizza de pimentão.

Pizzarias italianas
Bom, outra coisa que você precisa saber na hora de entrar numa pizzaria italiana: cara não é igual a sabor. Os italianos preferem pequenos lugares, que preservam a tradição. Desconfie de pizzarias gigantes, elas provavelmente são adaptadas ao "turista" e possivelmente serão mais caras. Uma pizza básica italiana custa entre 7 e 10 euros em média. Desconfie se o preço estiver muito mais alto que isso. 

Mais uma coisa: na Itália se pede uma pizza por pessoa. É isso aí, cada um pede a sua pizza. Por ser fininha e leve é possível [acredite, é muito possível] uma pessoa comer uma pizza inteira e sair pronta pro gelato. [Vou falar do gelato em um outro post! Uhuu]

Portanto, vá por mim, entre numa pizzaria pequena, onde ninguém fale inglês  ou outro idioma que não seja italiano ao seu redor, peça a sua pizza preferida e tome um vinho da casa pra acompanhar. Pronto, pode voltar pra casa falando que você amou a pizza italiana. :) 

Mas prometa que você não vai comparar a pizza da Itália com a pizza brasileira, porque é uma injustiça! Prometo que um dia os italianos vão conhecer o catupiry e tudo será diferente!

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Usar colher para comer spaghetti? Colocar o macarrão debaixo da torneira? Mamma mia, não! Saiba quais são os sete pecados que você deve evitar na cozinha e na mesa italiana

Poucos e bons ingredientes, receitas descomplicadas, simplicidade com sabor: a cozinha italiana pode não ter todas as firulas da culinária francesa ou os salamaleques de uma cerimônia do chá japonesa, mas tem, sim, suas regras tácitas – tanto na hora do preparo como à mesa. Para evitar gafes numa refeição na bella Itália, a reportagem de Casa e Comida aproveitou a visita à fábrica Rustichella d’Abruzzo para tirar todas as dúvidas. Sediada na província de Pescara, na região italiana de Abruzzo, centro-leste do país, a Rustichella é comandada por uma família que fabrica massas artesanais há quatro gerações. Confira a seguir alguns deslizes comuns, daqueles que deixam as mammas de cabelo em pé, explicados pelo sócio da Rustichella, Gianluigi Peduzzi, e por Giovanni Intilla, gerente de exportação da marca.

1 Passar a massa na água corrente para interromper o cozimento
Para garantir que o macarrão fique al dente, muita gente dá um banho de água fria no coitado, debaixo da torneira. Acontece que a água leva embora boa parte do amido e, com isso, o molho não adere direito à massa. Como evitar que o macarrão continue cozinhando depois de pronto? Ora, se a massa está pronta, não perca tempo. Coma! 

2 Ignorar as combinações tradicionais
Ninguém aqui é contra a inovação e a criatividade dos cozinheiros, mas certas combinações entre o formato da massa e o molho são simplesmente perfeitas. Para que mexer, caspita? Por exemplo: spaghetti alla carbonara. Um penne all’arabiatta. Ou ainda um buccattini all’amatriciana. Isso faz sentido. Linguine alla carbonara? Penne bolognese? Não faz sentido.

3 Salpicar queijo ralado na massa com frutos do mar
O parmesão é uma das grandes contribuições da culinária italiana para a mesa mundial. É só acrescentar um pouquinho desse queijo e toda massa ganha mais graça, certo? Não mesmo. Ele não combina e ainda rouba o sabor de pratos com frutos do mar. Mantenha o grana padano longe daquele spaghetti alle vongole.

4 Usar garfo e colher para comer massa longa
Esta repórter não conseguiu descobrir de onde veio o costume de usar garfo e colher para comer massas longas. Mas, certamente, da Itália é que não foi. Enrolar os fios de macarrão no garfo, usando uma colher como apoio, pode parecer muito elegante e refinado. Só que não. Italianos enrolam magistralmente seu spaghetti no garfo e só.

5 Beber suco ou refrigerante durante a refeição
Sabe aquela cena do garçom repassando um a um os pedidos de bebidas de uma mesa lotada? Pois você não vai ver isso na Itália. Para acompanhar a refeição, toma-se água e/ou vinho. E basta. Até com pizza? Va bene, com pizza o refri está liberado.

6 Fechar a refeição com um cappuccino
Quer atrair olhares de estranhamento numa mesa à italiana? Peça um cappuccinodepois da refeição. Para os italianos, cappuccino (que originalmente não leva chocolate nem canela, diga-se de passagem) é algo que se toma apenas no café da manhã. Depois do almoço ou jantar, bebe-se um espresso. Forte demais para você? Peça ummacchiato, o espresso “manchado” de leite.

7 Cortar o macarrão com a faca
Por fim, tenha em mente que todas as gafes acima são perfeitamente perdoáveis. Mas nunca – nunquinha mesmo! – corte a massa longa com a faca. Fábricas de massas artesanais monitoram a qualidade do trigo desde a semente, investem em moldes de bronze para fazer a trefilagem da pasta e analisam por dias a secagem em baixa temperatura. Tudo para que a massa não se parta em pedaços na embalagem e tenha a textura perfeita após cozida. Há quem diga que passar a faca nesses fios é caso para deportação!

A jornalista Patricia Oyama viajou a Abruzzo a convite da Rustichella d’Abruzzo e da importadora La Pastina.

Fonte: Casa & Jardim
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Di José Antônio Bonfilho Zulian, ex- repórter especial do jornal Zero Hora, ex-redator e repórter  do jornal o Globo, ex-coordenador de Jornalismo da Rádio Guaíba, coordenador de assessorias de imprensa da área política e empresarial, professor universitário, consultor em marketing e comunicação, é Mestre em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O que diferencia a Itália de outros países? Muitas,  muitas coisas, é a resposta elementar ou, como diria um político, óbvia. Para o bem ou para o mal, obviamente, complementaria um jornalista presunçoso.  Mas existe um aspecto no qual os italianos e as italianas são obsessivamente insuperáveis.  Sabor. Sapore. Essa palavra  talvez encerre a explicação de milhares de anos de uma pertinaz e insistente busca da população da península pela perfeição. Pelo melhor.  Ao sentar em uma mesa, ao levar um alimento à boca, os italianos consagram uma visão de mundo, um conceito existencial, uma ética de vida: a comida italiana se tornou universal por ser saborosa e é saborosa porque é feita com esmero, atenção aos pequenos detalhes, fruto de exaustivas experimentações, da complexidade à simplicidade,  até resultar em algo  possível de ser definido também em uma palavra: qualidade.

Durante breves três meses percorrendo algumas regiões do país, especialmente no interior, acredito ter compreendido um pouco não apenas da reverência italiana ao  “comer bem”, mas também o que está subjacente ao modo de ser italiano: a preocupação, a dedicação permanente em procurar fazer o melhor e tirar de tudo o melhor.

Por isso, tudo, ou quase tudo, na Itália, tem sabor.  Não estou falando dos maravilhosos pratos oferecidos em restaurantes familiares, onde o prazer da gula se manifesta em todo um esplendor de gostos e odores. Refiro-me inclusive ao alimento encontrado nos açougues, nas padarias, nas confeitarias, nas peixarias, nas cafeterias e, inclusive, aos produtos industrializados, aqueles disponíveis nas prateleiras  dos supermercados.

Tudo, ou quase tudo, revela no sabor o cuidado no fazer, a atenção aos ingredientes utilizados, à  forma de apresentação. Todos os detalhes são considerados. Mesmo um singelo biscoito assume as características de uma obra de arte. No caso, não apenas para ser olhada, mas principalmente para ser degustada.

Quando comprei um pacote de waffles, por menos de um euro, de uma marca escolhida aleatoriamente, caiu a ficha. As barrinhas eram feitas de uma massa crocante,  com um recheio que desmanchava na boca. Aí me lembrei dos waffles que consumi no Brasil. Todos, até mesmo aqueles de empresas que asseguram seguir a tradição italiana, até no nome,  simplesmente não tinham sabor.

Estou acostumado a comer ricotas, para cuidar do colesterol. É um drama engolir essas pastas esbranquiçadas  com sabor de nada. Na Itália, estupefato, experimentei ricotas deliciosas. Assim como grissinis fantásticos, iogurtes deliciosos.

Atenção: nada de sabor artificial, conservantes, corantes ou coisas do gênero. Os italianos prezam muito a alimentação saudável. O país é o maior produtor de alimentos orgânicos da Europa.

Dito isso, acho ser razoável começar a entender porque a Itália tem  a maior lista de produtos  certificados com Denominação de Origem Garantida, Especialidade Tradicional Garantida e Indicação Geográfica Protegida ( os Dop, Igt, Docg)  do mundo. São quase 200. Até o McDonald's se rendeu ao sabor italiano. Vai começar a fazer seus pratos apenas com produtos do país, com os sabores típicos.

Não se trata de ufanismo ítalo-descendente, portanto. Ou há alguma dúvida, por exemplo, sobre quem faz o melhor café do mundo, o melhor sorvete, o melhor queijo, a melhor pasta, o melhor presunto, o melhor molho, e assim por diante?

Proponho uma  reflexão: o que isso tem a ver com o fato de o carro mais cobiçado do mundo ser italiano; com as peças de vestuário (roupas, sapatos, adereços como gravatas)  mais desejadas serem italianas;  com o quadro mais famoso do mundo ser de um italiano, com o fato de o design italiano em diferentes áreas ser referência mundial, para não se estender muito?

Arte. Simples assim, penso eu.  Os italianos sempre buscam transformar o que fazem em uma obra de arte. Ou seja, a busca da perfeição. Para tanto, é preciso ter criatividade. Porém,  acima de tudo, não abrir mão da qualidade.  Indo um pouco além: como a imprimida pelos artistas consagrados, seja nas artes plásticas – como um Michelangelo – seja  na composição óperas (Verdi), na interpretação de músicas líricas, aquelas que efetivamente exigem que a pessoa seja um exímio cantor (Pavarotti), seja na vanguarda do cinema (Fellini).

O italiano se distingue por não se contentar com o mero fazer, quer fazer o melhor. Superar-se. É um povo curioso, investigativo, instigante,  inventivo, sempre em busca do algo a mais.  Uma releitura da história da civilização ocidental demonstra isso de maneira inequívoca.

Portanto, o sabor é uma decorrência, acentuada pela importância e reverência atribuída à alimentação (todos já sabem que comer, para os italianos, é uma festa, uma cerimônia, um momento especial, de prazer). Farinha, carne, temperos, ingredientes enfim, tudo tem que ser de muita qualidade para gerar um produto igualmente de qualidade. Sem esquecer, é claro, o esmero, a qualidade em última análise,  no preparo.

Passione, Il segreto.

Não sou um especialista em gastronomia para fazer um tratado sobre as delícias da culinária italiana. Nem é preciso. Basta lembrar não ser por acaso que o inglês Jamie Oliver,  um dos mais famosos chefs da Grã-Bretanha, muito conhecido por seus livros e seus programas de televisão, tornou rentável o seu amor pela cozinha italiana.  Sua rede de restaurantes, que só serve  pratos típicos  italianos, é um sucesso,  se expande por toda a Inglaterra,  vai tomar de assalto a Europa.

Não sou um chef, contudo adoro comer bem. Acho boa parte da vida se justifica pelos sabores. Assim, com água na boca, recordo de lugares. Desde os mais singelos, despretensiosos, como  a Pizza Point, em Norcia, na Umbria. Um bar comum, que passa quase desapercebido. Oferece, entre outras coisas, pizzas em pedaços. Quer dizer, já estão prontas. Você olha no balcão, escolhe, e as simpáticas atendentes podem esquentar, se for o desejo do freguês. Resumindo, pizzas simplesmente excepcionais, saborosas: massa crocante, no meio do caminho entre fina e grossa, com coberturas inesquecíveis. O problema é parar de comer.

Agora, no Norte, por exemplo, você pode dar a sorte de conhecer o Ristorante Ai Portici, em Mogliano Veneto, próximo a Treviso. Meu Deus, que pizzas! Que calzones! Que risoto ao frutos do mar. Entendi perfeitamente o por quê do sloogan do estabelecimento: ristorante, pizza e peccati di gola.

Subindo na graduação, não posso deixar de exaltar o privilégio que tive de conhecer o Ristoranti Anton, em Recanati, região de Marche.  Um casal de amigos teve a brilhante idéia de levar eu e a minha companheira para conhecer o lugar. Melhor: para sentir a plenitude do prazer em comer bem. 

Algo simplesmente dos deuses. O local é especializado em frutos do mar, com um toque de requinte. Os antipasti, com tirar de salmão, entre outras iguarias, abrem o festim de forma impactante. Depois, acompanhado de uma salada marinada feita no céu, surge Il primo piatto: uma massa com funghi e sabores do mar; depois, um risoto, na mesma toada e, finalmente, uma fritada de várias espécies de peixes e crustáceos. Para tirar tais sabores da boca, uma pequena taça de uma bebida espumante, refrescante, com um leve gostinho de limão. Infelizmente, não bebo. Por isso, nem falo na carta de vinhos.

Mas também foi divino conhecer o que é capaz de fazer o casal proprietário do Ristorante Graziella, na pequena  e encantadora Fiuminata, província de Macerata. A especialità da casa: tartufo. Isto é trufa, um fungo subterrâneo de sabor marcante. Foi um verdadeiro festival, começando com o antipasti,  quando foram servidos pedaços de pão com cobertura de tartufo e uma espécie de omelete feito com a iguaria. Após, Il primo piato, pasta com tartufo. Em seguida, carnes. Para adoçar a boca, um tiramisù, uma das mais famosas sobremesas servidas no país.

Quase morri de tanto comer. À noite, passei mal. O exagero cobrou o seu preço. Fui obrigado à sair para a rua, caminhar, tomar um ar. Encontrei, em um jardim de uma casa, um pé de alecrim. Arranquei dois ou três galhos. Voltei para casa, fiz um chá – antes já tomara efervescentes. Foi o que amenizou.  Mas, confesso: faria tudo novamente.

Nessa mesma linha, de restaurantes escondidos em pequenas cidades, não poderia deixar de falar no Ristorante Palmina,em Sefro,  também comandado pelo casal proprietário. Ela, na cozinha; ele, servindo.  Uma truta cruzada com salmão é uma das especialidades da casa. As pastas são temperadas com o sabor delas e mais alguns temperos.  Olha, sinto muito, não é possível descrever. É preciso saborear.

E tudo é parte de um contexto maior: o extra-virgine é especial, do produtor para a mesa; o licor servido após as refeições é outra especialidade que o amável proprietário mantém o segredo da fórmula a sete chaves, os cremes servidos são cuidadosamente elaborados por sua esposa. Enfim, o paraíso.

Cada lugar, uma especialidade, uma característica, porém sempre um aspecto comum, um fio condutor: a qualidade, a dedicação voltada para fazer bem, com muito sabor.

Como o oferecido pela Osteria dei Fiori, em Macerata, na exuberância de um prato de polenta com molho de tomates e funghi; como no restaurante do Hotel Bela Vista, em Castelraiomondo, com suas inigualáveis olive alla ascolana;  como na tratoria do Dino, em Siena, com um capeletti daqueles; como a Trattoria Chiribiri, em San Giminano, com um antipasti toscano irresistível; como inclusive, em San Severino March, na Samba Gelateria, da boliviana Sofia, que morou no Brasil, e faz doces com recheio de sorvete. Enfim...

Para concluirmos a listagem talvez só indo a uma cafeteria na Itália. Alí,  as lembranças poderão ser melhor reavivadas  enquanto se prova  o verdadeiro sabor do café de em uma das tantas alternativas criadas pelos italianos: expresso, lungo o corto; machiato (com pouquíssimo leite); capuccino; correto (com um pouco de licor); freddo (com gelo); ristretto (menos água).

Será possível dar-se conta de que o pão italiano é feito com pouco sal. Não pesa. E que os doces de confeitaria são lindos, na aparência, mas não chamam a atenção quanto ao sabor. Isso prova que nem tudo é perfeito.

Fonte: Oriundi.net
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terça-feira, 15 de março de 2016


Tinha um pão de ló sobrando. O que fazer com isso? Um fantastico Tiramisú!




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sábado, 5 de março de 2016


Linzer torte (bolo de Linz) é um doce típico da Áustria, especialmente popular durante o Natal, com uma história conhecida desde há vários séculos. É um bolo feito com massa que inclui nozes ou avelãs moídas e um recheio doce, normalmente doce de bagas silvestres (groselha ou framboesa).
  
A característica deste doce é ser feito com uma massa com especiarias e amêndoas torradas e picadas. Na receita original o recheio é feito com ribes, porém como se trata de uma geleia que não se encontra no Brasil, pode ser substituída por geleia de framboesa. O importante é que seja de cor vermelha. 

Mas como preparar esta delicia? 

Na verdade, a receita é simples, com poucos ingredientes, porém a massa requer um mínimo de atenção para conseguir um bom resultado. Então ...

Ingredientes:

250 gramas de farinha de trigo 
150 g de açúcar 
130g de manteiga sem sal
2 ovos 
100 gr amêndoas em farofa 
2 colheres de sopa de cacau em pó 
1 casca ralada de 1 / 2 limão 
1 colher de cha de fermento em pò 
1 colher de sopa de cravos da india em pó 
2 colheres de chá de canela (o valor varia de acordo com o gosto) 
uma pitada de sal 
uma pitada de baunilha 
200 g geléia de framboesa 
1 clara de ovo

Preparação: 

Peneire a farinha com o fermento em pó, o cacau, a canela e a baunilha. Em seguida, adicione o açúcar, a farofa de amêndoa, uma pitada de sal, o cravo em pó e as raspas de limão. Adicione a manteiga cortada em pedaços misturando todos os ingredientes. Por último acrescente os ovos e misture até obter uma massa homogênea. 

Forme uma bola, embrulhe em filme plástico e deixe descansar na geladeira por algumas horas (para acelerar o processo você pode colocar no freezer por aproximadamente 30 minutos). Espalhe 2/3 da massa (cerca de 3mm de altura) com a ajuda de um rolo levemente enfarinhado e adicione um pouco de farinha durante o processo na mesa, se a massa estiver pegajosa. Unte uma assadeira de cerca de 24 cm de diâmetro e coloque a massa formando uma borda de cerca de 1,5 cm de altura para conter o recheio. Fure  a base da massa com um garfo e recheie com geleia de framboesa. Com o restante da massa faça o desenho como está na foto ou da sua preferência. 

Asse em forno pré-aquecido a 180 graus por cerca de 35 minutos.

Como vocês viram não é nada difícil fazer este bolo e posso garantir que o aroma e sabor das amêndoas e especiarias é uma delícia.

Guten Appetit!

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sexta-feira, 4 de março de 2016


A Tarte Tatin é uma clássica sobremesa francesa nascida no início do século graças à inventividade das duas irmãs Caroline e Stephanie Tatin, donas do Hotél em Loreto-Cher, na França. Na verdade, parece que, como acontece geralmente, este delicioso bolo nasceu por acidente. As duas irmãs Tatin no hotel havia dois papéis diferentes: enquanto a Carolina mais jovem teve o cuidado de acomodar os clientes, Stephanie, mestre cozinheira, cuidava da cozinha. Diz a lenda que um dia, quando o hotel estava cheio de caçadores que estavam esperando para almoçar, Stephanie descobriu que ele não teve preparado a sua torta de maçã. Sem pânico correra para a cozinha, untou uma assadeira com manteiga e açúcar, colocou as maçãs e levou no forno. Só depois ele percebeu que não tinha alinhado o bolo com a massa brisée! Stephanie, mais uma vez assumiu a liderança, cobri a assadeira com uma camada de massa e assou tudo no forno. A história termina, é claro, com um final feliz: ela termina de cozinhar, Stephanie jogou a torta em um prato e levou para a sala onde ele foi literalmente devorado. Nasceu assim a Tarte Tatin. Então, dado o grande sucesso, a Tarte Tatin foi aprovada pelo famoso restaurante parisiense Maxim's, que fez um dos seus cavalos de guerra. Hoje é uma das sobremesas mais populares na França e é inevitável na Brasseries e restaurantes, que vão desde modestos a luxuosos.

Ingredientes

75 gr. manteiga 
8 maçãs 
250 gr. açúcar 
350 gr. massa brisée

Prepare a massa brisée primeiro e deixe descansar algumas horas na geladeira.

Enquanto isso, prepare o recheio: descasque as maçãs e corte em 8 fatias. Coloque a manteiga e o açúcar em um bolo de 24 ou 26 cm de diâmetro com a extremidade superior de 3/4 cm e movê-lo em fogo médio até o açúcar se transforma uma bela cor marrom, mexendo frequentemente. Arrume uma camada de fatias de maçã caramelizada no fundo, depois você usa aqueles que sobraram para cobrir todas as rachaduras. Cubra com a massa brisée e leve ao forno a 200 ° C por 15 minutos. Abaixe a temperatura a 180 ˚ C e deixe cozinhar mais 15 minutos.

Retire do forno, cubra a panela com um prato e misture rapidamente.

A Tarte Tatin é servida morna, e depois, se não for atendido imediatamente, você pode aquecê-lo por 5 minutos no forno, mas não use o micro-ondas porque a ruína. Você pode acompanhar o bolo com o creme chantilly.

Um detalhe, mas importante: se você espera muito tempo para virar o bolo, o caramelo esfria e as maçãs estão presas no fundo do bolo! A Tarte Tatin vai virada imediatamente, apenas retirada do forno.

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